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Como escolher o melhor ERP para o agronegócio

Um ERP para agronegócio é a solução para problemas que o setor conhece bem: planilhas que não fecham, controle de estoque ineficiente e aquela dificuldade de saber exatamente a rentabilidade de cada talhão ou cultura.

Se isso soa familiar, talvez seja o sinal de que seu negócio já cresceu demais para depender só de ferramentas básicas.

Mas não é qualquer sistema que resolve. O que funciona para uma loja de varejo, não atende necessariamente a complexidade do agro.

Escolher a solução correta significa reduzir perdas, cumprir exigências fiscais e tomar decisões mais rápidas com dados confiáveis.

Neste artigo você aprenderá as funcionalidades essenciais para buscar em um ERP para agronegócio, os critérios para comparar fornecedores e dicas para implementar a solução ideal.

O que é um ERP e por que o agronegócio precisa de um específico?

Um ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema integrado de gestão que centraliza informações e conecta todas as áreas de uma empresa.

Ele funciona como uma peça essencial da operação, garantindo que os dados circulem de forma automatizada, confiável e em tempo real.

No agronegócio, porém, a realidade é bem diferente de outros setores. Empresas de distribuição agrícola lidam com particularidades que não são contempladas por ERPs genéricos.

Por isso, um ERP específico para o agronegócio é desenvolvido já considerando essas necessidades, oferecendo funcionalidades como:

  • Controle detalhado de estoque com rastreabilidade por lote e validade;
  • Gestão fiscal adaptada às regras do setor;
  • Processos de venda e pós-venda alinhados ao ciclo agrícola e ao calendário de safras;
  • Integração com soluções de logística, CRM, marketplace e plataformas de cooperativas;
  • Dashboards com indicadores específicos para o setor.

Um ERP especializado melhora a produtividade, reduz erros operacionais e garante que a empresa se adapte às exigências do mercado, o que é algo cada vez mais essencial para manter competitividade no agronegócio.

Principais desafios do setor agrícola que um ERP resolve

Para um gestor, a maior prova de que um ERP para o agronegócio vale o investimento é ver como ele elimina os pontos de maior desafio no dia a dia do negócio.

Entre os problemas mais comuns que um ERP pode ajudar a solucionar estão:

Gestão de estoque sazonal e de insumos

Sementes, fertilizantes e defensivos têm prazos de validade, exigem controle de lotes e sofrem grande influência da sazonalidade.

Um ERP específico gerencia entradas, saídas, armazenagem e até a relação entre insumos aplicados e produtividade, algo que planilhas e sistemas genéricos não conseguem acompanhar.

Controle financeiro e de custos por talhão ou cultura

Um ERP para agronegócio permite alocar custos com insumos, mão de obra e maquinário por área, cultura ou safra, trazendo clareza sobre onde você está ganhando ou perdendo dinheiro.

Rastreabilidade

A legislação exige rastreamento completo de origem e destino de produtos, especialmente para grãos, sementes e defensivos.

Com um ERP, você atende a requisitos do MAPA, evita multas e agiliza auditorias com relatórios prontos e confiáveis.

Falta de integração entre campo, escritório e vendas

Quando o campo não “conversa” com o financeiro e o comercial, surgem problemas operacionais: vendas sem ter estoque, falta de contabilidade de despesas de aplicação, atrasos de entrega. O ERP integra todos os setores em tempo real.

Tomada de decisão baseada em “achismo”

Sem dados centralizados, as escolhas são feitas no feeling. Um ERP oferece dashboards e relatórios que mostram:

  • Produtividade por hectare;
  • Custo por safra;
  • Margem por cultura ou cliente;
  • Previsão de necessidade de insumos.

Gestão de maquinário e manutenções

Agendamento de manutenções, custo por hora de trabalho das máquinas, por exemplo, impactam diretamente nos resultados e pode ser gerido com eficiência por um sistema especializado.

Funcionalidades indispensáveis em um ERP para agronegócio

Para atender às particularidades do setor, especialmente o ritmo das safras, a complexidade fiscal e a gestão de insumos, um ERP para o agronegócio precisa ir muito além das funcionalidades tradicionais de gestão.

Algumas funcionalidades que você não pode abrir mão ao escolher o sistema são:

Módulo de vendas

  • Orçamentos e simulações;
  • Histórico do cliente;
  • Segmentação por perfil de propriedade e cliente.

Controle de estoques com rastreabilidade

  • Gestão de lotes e prazos de validade;
  • Controle de insumos (sementes, defensivos, fertilizantes);
  • Rastreabilidade de produtos.

Gestão financeira e de custos

  • Apuração de custos por talhão, cultura ou safra;
  • Controle de contas a pagar e receber;
  • Fluxo de caixa projetado;
  • Indicadores de rentabilidade.

Módulo fiscal adaptado ao agro

  • Emissão de notas fiscais específicas (como para produtos agrícolas);
  • Cálculo automático de impostos do setor;
  • Controle de obrigações acessórias.

Controle de produção e safra

  • Planejamento de plantio e colheita;
  • Acompanhamento do ciclo produtivo;
  • Previsão de rendimento;
  • Gestão de perdas e quebras.

Gestão de maquinário e manutenções

  • Cálculo de depreciação de equipamentos;
  • Controle de consumo de combustível.

Relatórios e Business Intelligence (BI)

  • Análise de produtividade e rentabilidade;
  • Relatórios comparativos entre safras;
  • Indicadores em tempo real.

Mobilidade

  • Aplicativo para celular e tablet;
  • Sincronização offline para áreas sem internet;
  • Registro de atividades direto do campo;
  • Fotografias e anotações georreferenciadas.

Perguntas para fazer para os fornecedores antes de escolher um ERP para agronegócio

Antes de investir em um ERP, é fundamental avaliar não só o software, mas também a maturidade, segurança e qualidade de atendimento do fornecedor.

As perguntas abaixo ajudam a comparar propostas e evitar surpresas durante ou após a implementação:

O ERP foi desenvolvido especificamente para o agronegócio ou é um sistema genérico?

Permite identificar se a solução foi criada pensando nas particularidades do setor (sazonalidade, rastreabilidade, fiscal agrícola, consignado, etc.).

Quais funcionalidades são nativas e quais dependem de customização?

Evita custos extras e atrasos. Quanto mais recursos essenciais forem nativos, mais eficiente será a implementação.

Como o sistema trata regras fiscais do agronegócio?

Questão crítica para distribuidoras. Um ERP que não domina fiscal agrícola gera erros e multas.

O software possui rastreabilidade completa por lote e controle de validade?

Necessário para defensivos, fertilizantes e produtos que exigem conformidade com auditorias.

Qual é o tempo médio de implementação para empresas do meu porte?

Solicita datas reais, exemplos e marcos. Isso ajuda a controlar expectativas e prever recursos internos.

Quais integrações o ERP oferece? APIs? Funciona com CRM, marketplace?

O ERP não deve isolar dados e a integração é fundamental para eficiência e escalabilidade.

Como funciona o suporte? Horários, canais e tempo médio de resposta?

Empresas do agronegócio não podem ficar paradas em plena safra. Por isso, o suporte tem que ser rápido e especializado.

Há cases reais no agronegócio, preferencialmente no meu segmento (distribuição, revenda, cooperativa)?

Cases relevantes validam que o fornecedor entende a operação.

Qual é o custo total de propriedade (TCO)?

Pergunte sobre licença, mensalidades, usuários, integrações, módulos extras, customizações e suporte.

O sistema é escalável para acompanhar meu crescimento?

Muito importante para empresas que querem expandir filiais, atuar em novas regiões ou crescer digitalmente.

Como vocês garantem a segurança dos dados e o cumprimento da LGPD?

Peça detalhes sobre permissões, backup, criptografia e atualizações.

Existe treinamento para minha equipe? É contínuo ou só na implantação?

Um treinamento completo reduz erros e acelera adoção do sistema.

O ERP funciona offline para vendedores em campo?

Vendedores agrícolas trabalham em áreas com pouca conexão e isso faz total diferença.

5 dicas para implementar o ERP para agronegócio ideal

A escolha do ERP para agronegócio é apenas metade do processo. A outra parte, e talvez a mais crítica, é a forma como ele é implementado dentro da sua empresa.

Uma implantação bem-sucedida exige planejamento, comunicação e, acima de tudo, o comprometimento da equipe. Para isso, é importante seguir as 5 dicas a seguir:

1. Faça o mapeamento dos processos críticos antes de iniciar o projeto

Antes de começar a mapear o novo sistema, é fundamental entender como sua operação funciona hoje.

Liste processos como compras, estoque, vendas, faturamento, logística e financeiro, e identifique gargalos, retrabalhos e procedimentos manuais.

Esse diagnóstico permite configurar o ERP de forma aderente ao dia a dia do negócio e evita maiores problemas durante a implantação.

2. Priorize módulos essenciais para começar (implemente por etapas)

No agronegócio, tentar colocar tudo no ar de uma vez costuma gerar atrasos. O ideal é começar pelos módulos de maior impacto, geralmente fiscal, estoque, vendas e logística.

Depois, pense sobre evoluir para CRM, BI ou integrações externas. Isso reduz riscos, acelera o go-live e gera resultados rápidos para a equipe.

3. Envolva as áreas-chave desde o início

Inclua representantes de todos os setores no projeto. Eles ajudam a validar processos, testar funcionalidades e garantir que o sistema atenda a todas as necessidades reais. Quando a equipe se sente parte da decisão, a resistência diminui e o uso aumenta.

4. Investa em treinamento contínuo e materiais de apoio

Implementar um ERP não é só instalar um sistema, é mudar a forma de trabalhar. Promova treinamentos práticos, crie guias internos e garanta que líderes saibam orientar suas equipes.

5. Monitorar indicadores e ajustar o sistema após o go-live

Após colocar o ERP em uso, acompanhe KPIs como:

  • Precisão de estoque;
  • Tempo de faturamento;
  • Erros fiscais;
  • Produtividade da equipe;
  • Cumprimento de SLAs de entrega.

Use esses dados para fazer ajustes finos nos processos e evoluir o sistema. Os primeiros 60 dias são decisivos para corrigir falhas e garantir a eficiência plena do ERP para agronegócio.

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Publicado por:
Formada em Comunicação Social Audiovisual, pós-graduada em Linguagens e Processos de Realização para o Cinema e Analista de Conteúdo na Aliare.